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Aumento de atividade física em pacientes com CDI reduz risco de morte e hospitalização

Pacientes que aumentam a atividade física após a implantação de um cardiodesfibrilador interno (CDI) diminuem o risco de hospitalização por insuficiência cardíaca ou morte. A informação consta de estudo publicado no periódico Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes e divulgada pelo site Cardiovascular Business.
Os autores da pesquisa acompanharam dados de quase 42 mil pessoas que receberam CDI entre 2014 e 2016. Os participantes do estudo tinham idade média de 75 anos e a maioria (72%) era do sexo masculino.
Apenas 3% dos pacientes fizeram reabilitação cardíaca após receberem CDI, apesar da recomendação do Colégio Americano de Cardiologia e da Associação Americana do Coração. As entidades orientam a inclusão de indivíduos com insuficiência cardíaca ou histórico de infarto do miocárdio, intervenção coronária percutânea ou cirurgia de revascularização em programas do tipo.
De acordo com o médico Brett D. Atwater, autor principal do estudo e diretor de Eletrofisiologia do Inova Heart and Vascular Institute, nos Estados Unidos, programas de reabilitação cardíaca oferecem aos pacientes um ambiente seguro para o aumento da atividade física após o implante de CDI.

“As evidências mostram que a reabilitação cardíaca diminui o risco de hospitalização adicional e morte, mas os programas são subutilizados, especialmente entre mulheres, idosos, pessoas de diversos grupos raciais e étnicos e aqueles que vivem em áreas rurais. As causas da subutilização são uma combinação de provedores que não prescrevem e pacientes que não estão dispostos a participar, devido ao tempo necessário para isso, viagens de ida e volta para a clínica de reabilitação e custos adicionais associados”, afirma.

Atividade física em casa também beneficia pacientes com CDI

O estudo mostra ainda que pacientes que participaram de um programa de reabilitação cardíaca aumentaram seus níveis de atividade física em quase 10 minutos. Aqueles que não participaram, por outro lado, viram os índices diminuírem em aproximadamente um minuto. Além disso, a aderência a um programa de reabilitação cardíaca foi associada a um risco 24% menor de morte um a três anos após o implante de CDI.
Ainda de acordo com a pesquisa, a cada 10 minutos de aumento da atividade física diária, diminui em 1,1% a mortalidade por todas as causas e em 1% o risco de hospitalização por insuficiência cardíaca.
Por fim, Dr. Atwater e sua equipe descobriram que o aumento da atividade física fora de um programa de reabilitação cardíaca estava relacionado a benefícios comparáveis.

“Essa descoberta ajuda a confirmar pesquisas anteriores que mostram que a reabilitação cardíaca é subutilizada, e os benefícios do aumento da atividade física obtidos em programas do tipo também podem ser alcançados em casa, oferecendo, potencialmente, outra oportunidade de melhorar os resultados em pacientes com CDI”, ressalta o médico.

Implante de CDI em atletas de alto rendimento

O implante de CDI ganhou destaque recentemente na mídia com o caso do jogador de futebol dinamarquês Christian Eriksen. Conforme noticiado pelo blog do Instituto HZM, o atleta colocou o equipamento após passar mal em campo, durante partida da seleção de seu país, em junho, pela Eurocopa.
Segundo o cardiologista Antônio Pazin Filho, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP), esse tipo de implante é simples e comum. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) realiza o procedimento para colocação de CDI.

“O aparelho fica embaixo da pele, no peito do paciente, e, por um fio, através dos vasos, vai até o coração para fazer a monitorização que ele precisa”, explica o médico, em entrevista ao Jornal da USP.

O médico diz ainda que atletas de alto rendimento que precisem usar CDI devem ser avaliados individualmente.

Cardiologia e Medicina Esportiva

A Cardiologia é uma das especialidades médicas mais afins à Medicina Esportiva. A área tem bastante destaque na pós-graduação em Medicina do Exercício e do Esporte do Instituto HZM, que também oferece cursos de extensão relacionados à Cardiologia. Um deles, aliás, é exatamente sobre reabilitação cardíaca.
Já para médicos que preferem unir alimentação e esporte, o Instituto HZM oferece a pós-graduação em Nutrologia Esportiva e vários cursos de extensão, tanto na área de Nutrologia quanto na de Nutrição.

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