O ferro é um componente funcional do transporte de oxigênio e da produção de energia em humanos – portanto, é um micronutriente extremamente importante para o desempenho em esportes e exercícios. É o que afirmam três pesquisadores de universidades britânicas, em estudo publicado no periódico Journal of the International Society of Sports Nutrition.
Segundo Ieva Alaunyte, Valentina Stojceska e Andrew Plunkett, atletas – particularmente mulheres que praticam esportes de resistência – têm maior risco de comprometimento do nível de ferro. Isso ocorre devido a perdas aumentadas da substância por meio da menstruação e a mecanismos induzidos por exercícios associados à atividade de resistência.
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A suplementação oral convencional, prosseguem os autores, é usada na prevenção e/ou no tratamento da deficiência de ferro. No entanto, essa abordagem foi criticada por causa dos efeitos colaterais e do risco aumentado de toxicidade do ferro.
“Assim, mais recentemente, tem havido um interesse crescente no uso de modificações dietéticas, em vez do uso de suplementos, a fim de melhorar o estado de ferro dos atletas”, escrevem os pesquisadores.
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Os métodos de tratamento dietético com ferro incluem:
- Prescrição de uma dieta rica em ferro e/ou baseada em ferro heme;
- Aconselhamento dietético;
- E inclusão de novos produtos ricos em ferro na dieta diária.
O trio de pesquisadores também destaca que, apesar da escassez de estudos usando modificação dietética, a literatura atual sugere que intervenções com ferro podem auxiliar na manutenção do nível da substância em atletas do sexo feminino, especialmente durante um treinamento intensivo e a competição.
“Pesquisas futuras devem se concentrar nos métodos mais eficientes de modificação dietética para melhorar o nível de ferro e [verificar] se essas abordagens podem ter um impacto favorável no desempenho em esportes e exercícios”, concluem os autores.
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