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Por que estudar Medicina do Esporte

Faz tempo que a preocupação em adotar hábitos saudáveis deixou de ser modismo e passou, definitivamente, a determinar um estilo de vida. Nessa busca pela boa saúde, o investimento em alimentação de qualidade e prática de atividade física regular é imprescindível.
Conforme divulgação do Ministério da Saúde, em 2018, a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) constatou que o número de praticantes de corrida no Brasil aumentou 194% entre 2006 e 2017. E se consideradas todas as demais modalidades de exercício, 37% dos brasileiros dedicam, no mínimo, 150 minutos por semana à prática esportiva, indicando aumento de 24% no mesmo período.
Diante dessa positiva e consolidada realidade, vislumbra-se um cenário bastante favorável para especialistas em Medicina Esportiva, cuja principal missão é atender às necessidades específicas de esportistas, sejam eles profissionais ou amadores.

“O médico pode atuar com esporte de alto rendimento, em um clube, seja ele de futebol ou olímpico. Pode, ainda, trabalhar dia a dia em seu consultório, fazendo a avaliação de atletas amadores.”

Dr. André Nunes, cardiologista pós-graduado em Medicina do Exercício e do Esporte
Segundo a Sociedade de Medicina do Exercício e do Esporte do Rio de Janeiro (SMEERJ), essa especialidade médica “estuda a influência do exercício físico no ser humano, orientando atletas, indivíduos saudáveis e doentes (cardiopatas, hipertensos, diabéticos, obesos etc.) quanto à prática de exercícios físicos e treinamento desportivo mais adequado a cada caso e situação”.
Há um mercado bastante promissor, que já registra crescimento, mas com espaço para expandir ainda mais para nutrologistas e médicos do esporte.
O médico do esporte e cardiologista André Nunes, pós-graduado em  Medicina do Exercício e do Esporte pelo Instituto HZM, onde é professor, disse em recente entrevista ao instituto: “São muitas as possibilidades de trabalho. Por exemplo, o médico pode atuar com esporte de alto rendimento, em um clube, seja ele de futebol ou olímpico. Pode, ainda, trabalhar dia a dia em seu consultório, fazendo a avaliação de atletas amadores. Hoje, muita gente corre, faz triatlo, e essas pessoas precisam ser avaliadas. Também pode atuar na avaliação de não atletas que farão atividade física para melhorar seu condicionamento físico ou sua saúde. Outra opção é o controle de doping, que é uma área específica da Medicina Esportiva. Há também a possibilidade de trabalhar em reabilitação cardiovascular, com pessoas que tiveram um problema cardíaco, como infarto, cirurgia de troca de válvula ou procedimentos de revascularização miocárdica, e precisam fazer atividade física como parte do processo de reabilitação. É um leque muito amplo.”

Prevenção e tratamento de lesões

Se na primeira metade do século passado, quando surgiu, a aplicação da medicina esportiva se limitava a atividades competitivas, como acontecia na Itália e na Alemanha, hoje todo profissional do segmento esportivo reconhece seu valor e importância para a saúde e boa performance do atleta, tanto no trabalho preventivo, de orientação para a prática segura do esporte, como no tratamento de lesões, que são frequentes. É fato que no atleta profissional elas ocorrem principalmente pela saturação, que se dá devido ao inevitável esforço excessivo. Já o esportista amador tende a se lesionar em decorrência de alguma prática inadequada, seja por falta de orientação, por excessos desnecessários ou ainda por exigir muito de músculos ou articulações que deveriam ser preservadas por alguma doença preexistente, mas desconhecida.

“Hoje no mundo do esporte, tanto o cliente de consultório como atletas de alto rendimento lidam com lesões esportivas. Então, é importante que os alunos entendam como funciona esse processo e como se dá sua recuperação.”

Dr. Robson Luis de Bem, especialista em Medicina Física e Reabilitação
Professor da disciplina Reabilitação Esportiva na pós-graduação de Medicina do Exercício e do Esporte do Instituto HZM, o médico fisiatra Robson Luis de Bem é doutor especialista em Medicina Física e Reabilitação e chama a atenção para a importância de sua especialidade na recuperação de atletas profissionais e demais esportistas lesionados. “Hoje no mundo do esporte, tanto o cliente de consultório como atletas de alto rendimento lidam com lesões esportivas. Então, é importante que os alunos entendam como funciona esse processo e como se dá sua recuperação.”
Nesse ambiente, para concluir de forma precisa um diagnóstico, é necessário realizar uma avaliação minuciosa da composição corporal e nutricional do organismo do paciente, visto que esses resultados darão o panorama de sua condição física que, por sua vez, vai influenciar diretamente o bom resultado de sua performance.

Nutrologia esportiva

Dirigida ao atendimento a atletas profissionais e amadores, a Nutrologia Esportiva já é procurada até por pessoas que praticam atividade física de forma leve. O nutrologista (ou nutrólogo) do esporte é responsável pela prevenção e tratamento do desequilíbrio de nutrientes que afetam o sistema ósteo-músculo-tendíneo, evitando, assim, distúrbios metabólicos sistêmicos que caracterizam doenças crônico-degenerativas. Sua atuação é determinante para promover o equilíbrio nutricional do organismo, corroborando a boa performance do esportista.

“O nutrólogo vai analisar a capacidade absortiva daquele organismo e os hábitos nutricionais do paciente, podendo oferecer um primeiro direcionamento com relação às suas rotinas alimentares.”

Patrícia Campos-Ferraz, nutricionista pós-doutora em Educação Física e Esporte
E para desfazer qualquer equívoco – bastante comum, por sinal – entre as atividades do nutrólogo e do nutricionista, vale rever um trecho da entrevista com Patrícia Campos-Ferraz, nutricionista, pós-doutora em Educação Física e Esporte e professora da Pós-Graduação em Nutrologia Esportiva do Instituto HZM:
“O médico nutrólogo trata doenças que tenham relação com a ingestão ou a falta de nutrientes e está capacitado a diagnosticar e tratar desde desequilíbrios metabólicos até a obesidade. No tratamento, por exemplo, de deficiência ou de excesso de nutrientes, o nutrólogo vai analisar a capacidade absortiva daquele organismo e os hábitos nutricionais do paciente, podendo oferecer um primeiro direcionamento com relação às suas rotinas alimentares. A Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) preconiza que o médico trabalhe em conjunto com outros especialistas, formando uma rede com endocrinologista, clínico, cardiologista e outros profissionais de saúde, como o nutricionista. Nós trabalhamos lado a lado com o nutrólogo, pois, como não somos médicos, não diagnosticamos doenças nem fazemos o tratamento medicamentoso. O nutricionista oferece o apoio dietoterápico, ou seja, a prescrição de dietas mais específicas e de rotinas alimentares mais profundas, a partir do diagnóstico e do tratamento do nutrólogo.”
Ainda sobre a obesidade, o nutrólogo é o primeiro a ser consultado. É ele quem vai investigar as razões metabólicas pelas quais o paciente chegou a esse peso – se é devido a um hipotireoidismo não tratado, uma diabete ou até uma sarcopenia. Exames de sangue e outros que julgar necessários vão auxiliar o nutrólogo na detecção de deficiências e excessos nutricionais, que poderão ser tratados de forma medicamentosa, com suplementos e/ou com alimentação adequada, a ser orientada por uma nutricionista, que vai definir o melhor plano alimentar para a vida do paciente, considerando seus hábitos, suas preferências e sua relação com os alimentos, sempre embasada no diagnóstico médico.

Pós-graduações no Instituto HZM

Há mais de 20 anos no mercado, o Instituto HZM reúne em seu corpo docente profissionais, em sua maioria, mestres e doutores. Os cursos têm chancela da UNINGÁ, que faz parte do seleto grupo de 4% de universidades privadas do Brasil com conceito 4 em Medicina. As aulas práticas e vivências em clínicas proporcionam ao aluno importante contato com a realidade do cotidiano médico. O Instituto oferece, ainda, reposição de aula perdida e reciclagem gratuitas em até 1 ano após o término do curso.
Acesse a página de cursos para conhecer as pós-graduações em Medicina do Exercício e do Esporte e em Nutrologia Esportiva, além dos diversos cursos de extensão oferecidos pelo Instituto HZM.
 

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