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Consumo de suplemento alimentar requer avaliação médica

Disciplina e perseverança são características essenciais de quem quer conquistar um estilo de vida mais saudável. E para atingir tal objetivo, a receita padrão, que todos já sabem, é seguir à risca a rotina de atividade física, ter boas noites de sono e manter um cardápio equilibrado. Contudo, não é tarefa fácil ingerir todos os nutrientes – e em quantidade adequada – apenas por meio da alimentação. Essa é uma das razões pelas quais o brasileiro tem contribuído – e muito – para o crescimento do mercado nacional de suplementos alimentares.
Se isso denota algo positivo – os cuidados com a saúde –, revela também uma preocupação: muitos desses consumidores adotam o suplemento indicado por um amigo da academia, que orienta ainda sobre a melhor forma de consumir o produto. Receita completa e gratuita! Mas isso não é nenhuma vantagem.

Orientação profissional

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é um dos países da América Latina onde mais se adquirem medicamentos sem prescrição médica. Seguindo esse mau hábito, vem o consumo de suplementos alimentares de forma indiscriminada. O estudo Consumo de suplementos nutricionais por praticantes de musculação em academias do município de Tenente Portela-RS, publicado pela Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, em 2012, mostra que 86% dos consumidores compram suplementos sem prescrição de um profissional de saúde apto para isso, e 66% dos entrevistados sequer se preocupam em ler o rótulo.
A inserção de qualquer suplemento na dieta alimentar exige cuidados e requer  avaliação médica. A Nutrologia é a especialidade que se ocupa do estudo dos nutrientes nos alimentos e suas funções no organismo. Assim, cabe ao médico nutrólogo atuar no diagnóstico e no tratamento dos distúrbios de nutrientes. É ele quem vai avaliar o estado nutricional do indivíduo e, a partir do resultado e visando seu objetivo, indicar o tratamento, que muitas vezes, exige o acompanhamento de outro profissional de saúde.
Para uma pessoa saudável, que deseja um aporte nutricional para favorece-la na realização de sua atividade esportiva, por exemplo, há de se considerar qual é o esporte praticado, se envolve força, qual a intensidade e com que frequência é realizado.
Consumir produtos sem avaliação médica prévia e sem a recomendação correta, em vez de promover mais saúde, pode provocar sérios danos ao organismo, como problemas no fígado, nos rins e no coração.

Vendas em alta

A oferta de suplementos alimentares importados é vasta. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri), existem no Brasil mais de 500 marcas em circulação pertencentes a 100 empresas, sendo 70% brasileiras, das quais 90% são microindústrias, de alcance regional.
Esses produtores movimentaram, em 2017, cerca de R$ 2 bilhões, e a expectativa para 2019 é de que haja crescimento em torno de 20% nas vendas, semelhante ao registrado em 2012, o melhor do setor. Os resultados de 2018 ainda não foram divulgados, mas a Abenutri estima um crescimento aproximado de 15% em relação ao ano anterior, superando a marca de R$ 2,5 bilhões em faturamento. 

Por que consumir

A indicação de suplementação nutricional visa suprir as necessidades do indivíduo e  promover melhor funcionamento de seu organismo. O objetivo final é o ganho de energia para as tarefas do dia a dia, aumento de resistência e disposição para obter boa performance no esporte, aporte necessário àqueles que sofrem com alguma doença – crônica ou não – e a conquista de bem-estar e uma vida saudável, entre outros.

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