Seta para esquerda voltar para o blog

Riscos cardíacos associados a exercícios extremos

Em recente pesquisa estadunidense foram observados os riscos cardíacos associados a exercícios extremos, promovidos em alta intensidade e com baixa moderação. Por outro lado, o exercício moderado demonstrou-se como o melhor para a saúde física e mental, como será visto em estudo.

A prática de exercícios extremos e os riscos cardíacos

A prática de exercícios é, de modo geral, uma boa atividade para se manter em forma, além de motivar um estilo de vida saudável. Contudo, o treinamento crônico de exercícios extremos e a competição de eventos de resistência podem causar riscos cardíacos. Dentre os riscos, pode-se elencar danos ao coração e distúrbios do ritmo cardíaco.

Neste cenário, pessoas com fatores de risco genéticos são as mais vulneráveis. Assim como afirma o médico cardiologista participante do estudo, Tamanna Singh:

O exercício moderado ainda é a melhor receita para uma boa saúde física e mental – Entretanto, atletas de competição não devem desistir de sua programação de treinamento.”

Muitos dos atletas radicais compartilham de uma alta determinação e vontade por exercícios intensos. No entanto, esta determinação pode gerar prejuízos ao coração.

A ligação entre a saúde do coração e exercícios extremos

Ao contrário dos esportistas de fim de semana, caminhantes vigorosos ou até mesmo corredores entusiasmados, os atletas radicais costumam fazer jus ao seu nome, ultrapassando os limites de suas capacidades físicas. Eles correm 50 milhas ou mais, ou ainda repetem maratonas em rápida sucessão, regularmente superando a exaustão, a desidratação e a dor extrema, capaz de hospitalizar muitos outros indivíduos. 

Exercícios de resistência extremos e de longo prazo colocam demandas igualmente extremas no sistema cardiovascular.”

Diz o Dr. Singh

Em estudo feito com corredores de maratona foi descoberto que, mesmo após o término de eventos extremos de corrida, as amostras de sangue dos atletas continham biomarcadores associados a danos cardíacos.

Esses indicadores de danos geralmente tendem a desaparecer por si próprios. Contudo, em um contexto onde o coração sofre um extremo estresse físico repetidas vezes, o dano temporário pode levar à remodelação ou até mesmo a mudanças físicas do coração. À título de exemplo, algumas destas mudanças são as paredes cardíacas mais espessas e cicatrizes no coração.

A pesquisa encontrou evidências de que exercícios de alta intensidade podem vir a aumentar agudamente o risco de parada cardíaca súbita ou morte súbita cardíaca em indivíduos com doença cardíaca subjacente. Isso também pode aumentar o risco de distúrbios do ritmo cardíaco, especialmente para a minoria que tem cardiomiopatia hipertrófica ou doença cardíaca coronária.

 
[rd_optin]
 

Exercício extremo vs. Nenhum exercício

Em relação a atividade física, incluindo-se até mesmo os exercícios físicos extenuantes prolongados, todos estes conseguem promover enormes benefícios para a saúde cardíaca na grande maioria das pessoas, inclusive quando comparados à pessoas que não praticam exercícios.

No entanto, em uma pequena minoria que apresenta problemas subjacentes, os exercícios podem desencadear a arritmia.

Embora haja evidências de que exercícios extenuantes prolongados podem aumentar o risco de fibrilação atrial, o risco a longo prazo disso é pequeno em comparação com a inatividade.”

Afirma o Dr. Singh

Quando o indivíduo começa a se exercitar, suscitam da atividade física novos benefícios, dentre eles:

  • Aumento da força
  • Redução da pressão arterial
  • Melhora do sono
  • Melhora da memória

Além disso, a atividade física está associada a um menor risco de ganho de peso, depressão e demência.

Em suma, apesar da preocupação com os exercícios extremos, não há muito motivos para a pessoa média se preocupar.”

Diz o Dr. Singh

Praticar exercícios é muito melhor do que ficar inativo.”

Diretrizes de exercícios

Sabe-se que a atividade física melhora a qualidade de vida, seja o indivíduo um iniciante desta prática, um veterano ou até mesmo para aquele que inicia a reabilitação cardíaca.

Para o público em geral, recomenda-se um mínimo de 150 minutos de atividade física moderada por semana. O exercício moderado pode incluir atividades como caminhada, corrida ou natação. 

Cardiologia e Medicina do Esporte

A Medicina Esportiva mantém relação próxima com muitas das mais de 50 especialidades médicas. Contudo, poucas guardam tanta intimidade com a área como a Cardiologia.

A Cardiologia é uma das especialidades médicas mais afins à Medicina Esportiva, como comenta o Coordenador Científico da Pós-Graduação de Medicina do Esporte, Dr. Carlos Hossri:

É muito forte a relação da Medicina Esportiva com a Cardiologia. Sem um funcionamento adequado do coração e de todo sistema cardiovascular, a atividade esportiva fica comprometida.”

Temos a cardiologia como  área de destaque na pós-graduação em Medicina do Exercício e do Esporte do Instituto HZM, que também oferece cursos de extensão relacionados à Cardiologia. Sendo um deles inclusive sobre reabilitação cardíaca. 

Compartilhar:

© HZM 2023