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Pós-graduação em Endocrinologia do Esporte: tudo que você precisa saber

Se você é médico e se interessa por temas como fisiologia do exercício, avaliação nutricional, síndrome metabólica, treinamento esportivo, doping e metabolismo ósseo, bem como pelo estudo da obesidade e do diabetes tipos 1 e 2, a pós-graduação em Endocrinologia do Esporte é o curso certo para você. O profissional da área está apto a atuar nas mais diferentes manifestações esportivas e também na avaliação pré-participação, na prescrição e no acompanhamento de atletas e não atletas envolvidos em programas de exercício ou atividade física.

Para quem busca formação acadêmica em Endocrinologia do Esporte, uma opção é a recém-lançada pós-graduação do Instituto HZM, pioneiro em Medicina Esportiva no Brasil, com os tradicionais cursos de Medicina do Exercício e do Esporte e Nutrologia Esportiva. A nova pós lato sensu em Endocrinologia do Esporte aborda os conceitos básicos da fisiologia do pâncreas e da insulina, a crescente incidência e prevalência de diabetes, sua associação com os outros componentes da síndrome metabólica e a importância da prática esportiva, entre muitos outros assuntos. São 400 horas/aula em um curso 100% online, previsto para iniciar no primeiro fim de semana de maio (6 e 7/5).

Para falar um pouco mais da pós-graduação, o blog do Instituto HZM convidou o Dr. Ricardo Oliveira, uma das maiores autoridades do país em Endocrinologia do Esporte e professor da instituição, onde também estudou. Na entrevista, o endocrinologista esportivo, que tem quase 30 mil seguidores no Instagram, comenta, ainda, a importância do exercício físico no tratamento da obesidade e do diabetes – doenças que ele classifica como pandemias – e cita alguns casos recentes, com bastante repercussão na mídia, envolvendo duas especialidades médicas muito afins: Endocrinologia e Medicina Esportiva. Confira a seguir.

Dr. Ricardo Oliveira, endocrinologista esportivo e professor do Instituto HZM
Dr. Ricardo Oliveira, endocrinologista esportivo e professor do Instituto HZM

Qual é a proposta da pós-graduação em Endocrinologia do Esporte do Instituto HZM?

A ideia é abordar de forma mais específica os aspectos endocrinológicos relativos ao esporte. As pessoas, cada vez mais, buscam informações sobre Endocrinologia, sobretudo aquela relacionada ao exercício e ao esporte. Com isso, ela acaba se tornando, digamos assim, uma subárea do conhecimento. As especialidades médicas são a Endocrinologia e a Medicina Esportiva, e existe também uma subárea, que é Endocrinologia do Exercício e do Esporte. É um campo emergente, novo, mas que está em alta, com uma grande demanda.

Endocrinologia e Medicina Esportiva são especialidades próximas?

Bastante. A pós-graduação em Endocrinologia do Esporte reúne os aspectos em comum de duas especialidades que se comunicam, se debruçando sobre os aspectos da  Endocrinologia relacionados ao exercício e ao esporte. Um curso que consiga unir as duas áreas do conhecimento certamente vai somar na formação do médico interessado em atuar com essas especialidades irmãs.

Em entrevista anterior, o Sr. comentou que a obesidade e o diabetes não apenas são as principais doenças tratadas pelo endocrinologista, como também sofrem o impacto negativo do sedentarismo e da falta de atividade física. Como essas duas doenças serão abordadas na pós-graduação em Endocrinologia do Esporte?

Elas são o carro-chefe do curso. Diabetes e obesidade são verdadeiras pandemias. Tanto que tem se utilizado o termo “diabesidade”, que é uma combinação das duas condições. Existe uma associação muito forte entre as doenças, que, inclusive, têm os mesmos fatores de risco, como sedentarismo e histórico familiar. A própria obesidade é fator de risco para diabetes. Além disso, em ambos os casos, o exercício físico tem um papel muito importante como ferramenta terapêutica, ou seja, ele faz parte do tratamento. Então, o médico que trata o indivíduo com obesidade ou diabetes precisa ter um conhecimento básico de Medicina do Esporte e de Endocrinologia do Exercício para que saiba recorrer a essa ferramenta e utilizá-la da melhor forma com seus pacientes. Por exemplo, qual o melhor tipo de exercício? Quanto, como e quando fazer? São questões práticas que o médico deve conhecer.

Os alunos da pós-graduação também vão lidar com situações práticas envolvendo Endocrinologia e esporte? Que caso recente divulgado na mídia poderia ser debatido em sala de aula?

Certamente levaremos estudos de caso para os alunos. Um acontecimento marcante foi a proibição, por parte da Federação Internacional de Atletismo (World Athletics), de atletas transgênero participarem de provas da categoria feminina. A decisão foi tomada porque essas atletas, aparentemente, teriam uma vantagem competitiva sobre as demais. Da mesma forma, há alguns anos, a fundista sul-africana Caster Semenya foi proibida de participar de modalidades esportivas, porque apresentava um distúrbio endócrino que lhe dava excesso de testosterona. São exemplos recentes que reúnem, de modo bastante claro, Endocrinologia e esporte.

Que outras situações o Sr. poderia citar?

O Conselho Federal de Medicina (CFM) acabou de aprovar uma resolução que proíbe o médico de prescrever esteroides anabolizantes. Essa vai ser uma questão muito interessante de abordar nas aulas, pois também fala de Endocrinologia e de esporte. Existem vários outros exemplos. Também podemos mencionar atletas de alta performance que têm diabetes tipo 1, como o ex-nadador Gary Hall Jr. e o jogador de futebol Nacho Fernández, do Real Madrid. Se falarmos de doping, então, são muitos os casos notórios, inclusive de atletas brasileiros, em diferentes modalidades. Enfim, a Endocrinologia do Esporte é uma área bastante rica. Estamos organizando todo esse conteúdo para entregá-lo ao aluno da melhor forma possível.

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