Este estudo, conduzido no Reino Unido, é o primeiro a mostrar associações positivas da ingestão de leite na infância com o desempenho físico na terceira idade.
De acordo com os autores, a capacidade de realizar tarefas físicas da vida cotidiana é importante para um envelhecimento bem-sucedido. Mas o conhecimento de fatores de estilo de vida potencialmente modificáveis que podem melhorar o desempenho físico na vida adulta é amplamente limitado a exposições que acontecem entre a meia-idade e a velhice.
Essas exposições incluem tabagismo, álcool, atividade física, resistência ao exercício e dieta, em vez de fatores que operam no início da vida, como adversidade socioeconômica e crescimento da criança.
Os autores relataram anteriormente que pessoas em circunstâncias mais desfavorecidas na infância tinham tempos de caminhada mais lentos e capacidade de equilíbrio reduzida na velhice. Foram usadas avaliações objetivas do desempenho físico, que são marcadores da saúde atual e preditores de incapacidade e mortalidade em idosos.
A hipótese é que a dieta – especificamente, a ingestão de leite – pode mediar essa associação, uma vez que o consumo de leite e laticínios, tanto na infância quanto na idade adulta, tem sido associado a outros resultados de saúde, como redução do risco de doença cardiovascular. Esta análise examina o impacto de aspectos da dieta infantil e adulta no desempenho físico na velhice, usando a coorte Boyd Orr e o Estudo Prospectivo Caerphilly (CaPS, na sigla em inglês).
A coorte Boyd Orr é um estudo prospectivo de 65 anos de crianças que participaram de uma pesquisa sobre dieta e saúde na década de 1930; já o CaPS fornece dados desde a meia-idade até a velhice.
Para os autores, a maior ingestão de leite e seus componentes (cálcio, proteína, gordura e energia) está associada a melhores medidas de desempenho físico na terceira idade. Eles também acreditam que a dieta infantil é um possível mecanismo que liga as circunstâncias socioeconômicas da infância à função física na velhice em Boyd Orr.
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